Once upon a time...

Somos expostos a muitos contos de fadas, quando crianças. Se você prestar bem atenção, verá que as personagens não são tão princesas quanto parecem!

Usarei como exemplo, Cinderela. Ouvimos que é uma princesinha linda que, quando bebê, perde sua mãe e logo ganha uma madrasta malvada e duas irmãs bizarras. Tinha muita vontade de ir ao baile conhecer um príncipe, mas ela não tinha o que vestir e a desprezível bruxa não a deixava sair de casa. Uma piedosa fada madrinha concede roupas, carruagem e um calçado para a loira ir ao baile. Vai, conhece o príncipe, se casa e é feliz para sempre. Lindo, certo?

Olhe bem de perto! Cinderela...

1) ...era uma menina mimada pelo pai, que não aceitava a presença de outras mulheres na casa, o que a fazia odiar a nova família.

2) ...após o falecimento de seu pai, espalhou a notícia de que sua nova mãe, a qual chamava de bruxa, tinha matado seu velho. A verdade é que o rei era um preguiçoso, comia junk food pra caramba e estava acima do peso. Resultado final: um infarto.

3) ...dizia "A bruxa me escraviza". Essa era a notícia principal em todos os tablóides daquele reino tão, tão distante (a 1h da Capital, o povo que exagera!). A história que ninguém conta, é que já uma mulher, a "princesinha" se recusava a estudar e trabalhar. Esse sim, foi o real motivo da madrasta dar uns serviços extras para a poia!

4) ...como toda boa patricinha de outrora, adorava um baile real! No dia da festa de aniversário do maior 'playboy' da cidade, Cinderela bateu o pé pra ir. Sua madrasta a proibiu, pois não tinha cumprido todos os seus afazeres. Ainda ficou de papo com Branca de Neve, outra folgada, filhinha de papai, gulosa e que adorava uma orgia (7 anões, cara!). Dessa última, nem falo nada...

5) ...roubou o credit card de sua madrasta, para fazer comprinhas pro baile, ao qual iria escondida. Não há melhor Fada Madrinha do que um cartãozinho de plástico!

Como toda vilã é muito linda e sabe destorcer histórias, Cinderela tinha o poder de seduzir homens, mulheres, crianças e idosos. E ainda bagunçava com as irmãs postiças, colocando vários apelidos maldosos.

Enfim ela se deu bem, porque é assim que acontece no mundo real: "É loira? Bonita? Gostosa? Então presta!". Cinderela só soube aproveitar a ignorância que assolaria gerações futuras! Ela enganou um reino, destruiu uma família (sabia que o príncipe era noivo de uma de suas irmãs?) e, até hoje, insistimos em embalar nossas crianças com fábulas mais do que sórdidas! Já ouviram a da Chapéuzinho Vermelho? Um dia falo sobre essazinha também!

Bom, espero que o ditado "Não julgue um livro pela capa.", não passe mais despercebido aos seus olhos e que esse post tenha sido, no mínimo, revelador!

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PS: Agora, já pararam para pensar o que ocorre com as madrastas dos contos de fada? Todas elas estão na faixa dos 50 anos, o que significa uma coisa: menopausa! Um turbilhão de emoções e hormônios, os quais as fazem ficar nervosas e depressivas. Resultado: fica muito mais fácil, para as princesas, firmar lorotas sobre as rainhas!

O Juízo Final

A menina sorri. Cinco da tarde e tudo está claro. A praça, cheia de crianças, apresenta a vida do jeito que ela deve ser.
Seus cabelos amarrados em duas tranças, caídos em suas costas, refletiam o sol ardido de verão.
Pique-pega, sorvete. Sorrisos. Mamãe, corridas, dodóis, band-aids. Mais sorrisos!

Ela chega da escola, já um tanto cansada. Não sabia que o teste de matemática era hoje! Vai para seu quarto e liga o rádio. Bolsa no chão, roupas jogadas, rosto iluminado. As cortinas abertas, para ler melhor o romance. Se joga na cama. Não poderia perder o best-seller do momento, claro! A mãe berra a guria. O "amigo" a chama ao telefone. Cinema, sábado.

Ninguém disse que seria uma experiência fácil ou ajustada. Com olhos de esperança, ela enfrenta tudo vigorosamente. Decide-se por Filosofia, contra a vontade dos pais. Papéis, trabalhos, aulas, aulas, livros, aulas. Estágio, graduação, viagens, sexo, sexo, drogas e rock and roll. A vida é uma viagem!

Esposo, trabalho, casa e muitos débitos. Três meninas. Ela lembra da alvura que iluminava seus dias. Hoje, tudo está mais difícil. Alguma coisa mudou. Seria a estação? Ou somente o peso dos anos? Deveria ela ser mais feliz e realizada como adulto? Muitas perguntas. Zero respostas.

Um divórcio. Filhos crescidos. Marcas do tempo. A mulher se encolhe em sua cama. Olha o relógio na parede e finge não ver as horas. O quarto vazio, só a deixa mais angustiada. Faz uma trança em seus cabelos, o último resquício de sua meninice. Tenta chorar, mas as lágrimas não descem mais! Depois de uns comprimidos para dormir, sussurra baixinho:

"-Nada dura para sempre. Nada..."

Por que RestlessMind?

Um dia acordei e percebi: "Tenho que colocar meus pensamentos no lugar!"
Como sou desorganizada por natureza, não conseguiria organizar tudo dentro de mim. Seria pouco espaço pra tanta bagunça!

Uma amiga muito querida sugeriu o blog, como uma forma de expressar tudo o que sinto. Alegrias, tristezas, ódio, melancolia, regozijos, vitórias, falhas, desejos, saudades, etc.

E o que seria uma "Mente Incansável"?

Do nada, como um impulso, veio a palavra "restless" (incansável) bem na minha frente.

Sim, sou uma mente inquieta, infame, que não tira hora do almoço! RestlessMind!

O blog será uma dispensa para organizar tantas palavras, tortas ou não.

Não tenho a genialidade de Marcelo Tas, ou as pernas de Ivete Sangalo (blogueiros de plantão, certo?).

Sou somente eu: Paula Bruce! Uma pequena se perguntando todos os dias "o que é ser gente grande?"!

Por enquanto, nada mais a declarar, somente...WELCOME!