segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eu sou uma pessoa apaixonada. Sim, amo a vida e tudo que essa tem à oferecer.
Não sou brilhante, sou simplesmente normal. Não um gênio e sou meio gordinha também.

Isso me torna mais uma, né? Mas não... Eu sou exclusiva!

Eu odeio essas coisas de auto-ajuda. Eu estava comentando com minha amiga, Mariana, quinta passada: "Mariana, auto-ajuda só ajuda aqueles que escrevem o treco, entende. Não faz sentido!".

Então decidi escrever isso, porque escrever ajuda. Auto-ajuda.

Eu não sou Jane Austen e menos ainda a rainha Clarice Lispector, a qual eu não gostava, mas tenho um imenso respeito agora. Desde que li essa frase: "Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.", que é da própria Clarice, não consigo evitar pensar em tudo aquilo que nós não vivemos. É, parece auto-ajuda, mas não é.

Pode ser para mim, claro. Você pode tomar como quiser, esse texto.
Há muito tempo eu não escrevo, só escrevo coisas para a faculdade e não consigo me inspirar a um bom texto. Mas sinto que esse será razoável.

Sabe quando Lispector diz que "viver ultrapassa qualquer entendimento!"? Então... Nesse momento eu decidi que quero viver. Mas será que dá para se viver plenamente, de forma transcedência, numa sociedade aonde estamos sempre tentamos organizar o caos (ato falho) e mostrar-nos melhores do que realmente somos?

Eu sou uma piada ambulante. Faço meus amigos darem gargalhadas, falo besteiras inconcebíveis, para um ser humano com faculdades mentais razoáveis. Até sou conhecida como doidinha. E não é por culpa dos medicamentos, mas sim por culpa do meu sorriso constante, que nem sempre é de verdade. E anda sendo raramente de verdade.

"Viver ultrapassa qualquer entendimento!" Só sei de uma coisa: não sei de nada ainda. Não é uma coisa platônica, com aquela ironia não. Não sei de verdade! Eu achava que deveria seguir os padrões e que, dessa forma, eu fugiria da anomia.

Mas descobri uma coisa: ser normal é a coisa mais anormal do mundo! Quando seguimos padrões, deixamos de lembrar aquilo que somos de verdade.

A gente vive num mundo aonde uma bunda vale mais que mil cabeças. Essa é a verdade! Então não adianta ser menina doce, amiga que ajuda. Porque, como um amigo meu disse um dia, "....essa é minha amiguinha, gôdinha [carinho fraternal], legal."

Isso tá tãããoooooo no fim!

Escrever é bom. Terapêutico. E eu tô de férias, então hei de escrever muitas coisas sem utilidades, como essa.

Mas a graça está na não-utilidade desses meus escritos. E tá me "auto-ajudando". Alguém duvida? Então, continuem lendo.

Não é fácil ser legal. Alguém concorda? Claro que deve concordar! Eu sou, no momento, o que eu não deveria ser. Mas tô lutando para que, de alguma forma metafísica ou ideal, eu volte à minha essência.

Eu não sei como eu começei a ligar para aquilo que os outros pensam, não sei como vim parar nessa monotonia, mas sei que eu não quero continuar nela.

Eu não tenho como terminar esse texto. Ele será finalizado no dia em que eu morrer. É, parece drama, mas essa é a vida. A gente nasce, cresce, casa, arranja trabalho, tem filhos, envelhece e morre. Não necessariamente nessa ordem, mas por aí...

Deixo um beijo para vocês. No momento, não estou muito irritada. Só o suficiente para não dar tchau. Só beijos.

Paula Bruce