segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sobre as lágrimas, os elementos e a vida

Há mais ou menos duas semanas eu estava escrevendo um post. Seria o post perfeito, mas não sei o que houve e não consegui publicar. Quando as palavras fluem, tudo parece certo. A vida melhora. Eu acredito nesse poder, quase transcedente, da linguagem.

Hoje, na classe de Filosofia da Educação, estudei sobre "O que é filosofia?".
Não, não desliguem na minha cara, pois não farei um discurso filosófico. Vou filosofar, mas sobre coisas aleatórias, sobre a vida mesmo.

Na semana que eu escrevi o post perfeito e não consegui publicar, um amigo meu se aproximou e me disse: "Talvez você não tenha conseguido publicar porque você achou o post muito perfeito." Concordei na mesma hora. Não havia maior filosofia do que essa, a do meu amigo. "NÃO! Estou errada".

Já lhes digo, a princípio, que Filosofia não é uma coisa individual. É coletiva. É formada de correntes e coerências incoerentes. É algo que tentamos provar, porém não empírico. Coisa que vem lá da Grécia, nos ensina muito sobre muitas coisas e nos faz pensar "O que somos?" ou "O que estamos fazendo mesmo?"

Sabe o que eu sou? Não preciso preencher nenhum perfil de site de relacionamento, o velho e "eficaz" Orkut, para saber o que sou. O que somos, na verdade.

O que somos?

Eu responderia por mim: sou música, sou sorrisos, sou flor, sou pele, sou nada, sou tudo, choro, prazer, gozo, vestidos, laços, sono, livros, filmes, luxúria, inflamáveis, água, terra, fogo, ar. Sou aquilo que eu quero ser e o que sou de verdade. E nem tudo que sou faz sentido, como esse texto. Mas mesmo o que não faz sentido, faz sentido.

Não, não tô enlouquecendo não. Eu quero dizer que a gente tem, sim, uma "filosofia de vida". Fazemos questão de mostrar à todos nossos sorrisos, mas escondemos nossas lágrimas. Qual o problema de errar?

Esse texto não tem começo, meio, nem fim. É um momento de passagem, de melhorias. Vocês lembram do que falei sobre meu texto, "o perfeito", lá em cima?
Descobri que ele tinha um GRANDE problema, uma grande falha: não foi escrito com o coração. Foi somente um desabafo mal acabado.

Não me pergunte o dia de amanhã, mas minha "filosofia" de hoje é: Não sei de nada, posso melhorar e o perfeito nunca existirá (Para Platão, por exemplo, só no plano da ideias. E o ideal.... Raaaaaro acontecer!).

Enquanto houver sol, haverá um sorriso. Ou uma lágrima.
Só creio em uma coisa: podemos melhorar. Como meu texto, que provavelmente será proposta para o próximo post.

Beijos,
Paula Bruce

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