quinta-feira, 31 de maio de 2012

Nietzsche, a gente se fala!

     "Te vejo depois!", "Até logo!", "Amanhã, então, combinado?" e, a minha favorita: "Amo você!". "Ninguém é uma ilha.", alguém disse. E o maior medo do ser humano é estar só, então, usa frases de impacto para reverter o jogo da solidão e, com um esforço enorme, ama, cuida, sorri, protege e diz que a manhã será melhor. Será? Porque, se assim fosse, o mundo estaria cheio de perfeição pois, se amanhã será melhor, não tem como piorar! Mas não... Amanhã você acordará e fará as mesmas coisas de hoje!
     Viver em uma montanha por uns dez anos e não se cansar de si não parece uma má ideia. O problema é o retorno. Nossa, quantas figuras encontramos depois de um tempo de reclusão!
Quando perguntei "Seríamos perfeitos, se amanhã tudo fosse melhor que hoje. Certo?", minha mãe disse que "A esperança que nos faz acordar e sermos melhores. Ou pelo menos tenta-lo.". A esperança nos faz querer ter um outro, quase nos anulando e colocando fé naquele outro, enquanto, lá no fundo, sabemos que essa fé depositada num semelhante, é somente pretexto para esquecermos as nossas próprias falhas e frustrações.
     Não obstante negar nossas frustrações, seguimos o caminho, com, o que o mundo repete "Esperança" e, com a ajuda de alguma entidade metafísica, superamos cada minuto que se passa, às vezes tão arrastados quanto nossas dores, mas, mesmo assim, esperançosos!

PS.: Não adianta ruminar todos aqueles livretos de auto-ajuda. Com certeza seus autores também fazem terapia!

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